11 dezembro 2007

Impressões de NY


NY foi para mim uma cidade grandiosa! Grandiosa no tamanho das avenidas, no tamanho dos prédios, na quantidade de pessoas, na diversidade de raças, na quantidade de museus, na quantidade de obras de arte expostas, na quantidade de pintores europeus representados, na importância que os museus dão a artistas ainda vivos(!), na frustação de não ter visto nem metade do que queria quando era expulsa do museu na hora do fecho, no tamanho e imponência do Central Park, na quantidade de luzes, na diversidade de teatros, na quantidade de gente rica, na quantidade de gente pobre, no peso que as tips representam no preço final, na quantidade, diversidade e até na qualidade dos Rolex, Gucci falsos que os chineses vendem, no preço exorbitante que um expresso pode atingir, nos horários alargados das lojas, na diversidade de oferta a que o transeunte é exposto, na quantidade de sales que às vezes não são muito, na quantidade de coisas que quis comprar sem necessitar, na quantidade de stuff que não comprei porque não podia, na decadência do Metro sem deixar de ser funcional, na surpresa causada pelo velhinho que ambicionava vender cassettes de música aos utilizadores do metro, nas autênticas aulas de formação dadas aos compradores de produtos Apple em plena loja da marca, no trânsito caótico de carros e na imensidão de pessoas que surgiam de todo o lado, na quantidade de Starbucks que existem, na diversidade de sumos multicolores com ingredientes imprevisíveis, nos pequenos-almoços monumentais que ao longo dos dias foram tomados cada vez mais tarde, na quantidade e diversidade de limousines, no tamanho de algumas limousines das quais não gostaria de ser condutora, na pequenez do ringue de patinagem do Rockefeller Center, na imensidão e espectacularidade da vista proporcionada pelo Empire State Building, na beleza tocante da Central Station, na diversidade de restaurantes incluindo fast-food, no frio cortante que fazia na rua, no calor morno e às vezes sufocante que fazia dentro de casa e ou lojas(!), na imensidão que é o Macy's, na tranquilidade que o Jardim Botânico transmite, na simplicidade rude da ponte de Brooklyn, no preço baixo dos livros, no preço às vezes incrivelmente baixo dos cd's, no preço muito em conta dos táxis, na quantidade de artistas espontâneos e bons que vão aparecendo, na quantidade de blackberrys que os adolescentes usam furiosamente, na frustação causada pela ineficácia dos nossos telemóveis, na imensa diversidade e quantidade de cães à trela e em handbags inversamente proporcional à existência de cócós na rua, na quantidade de vezes que os meus colegas de jornada falavam em puns, na quantidade de ruas com casas senhoriais de tijolo com ar super hospitaleiro, na quantidade de gente a praticar jogging nas mais diversas condições atmosféricas e com indumentárias muito diversificadas e às vezes parcas, na quantidade de edifícios em vidro que existem, no mercado de trabalho potencial que deve existir para os lavadores de janelas, na angústia que os fumadores devem sentir, na educação das pessoas que senti em quase todo lado, na facilidade com que os da dita raça ariana utilizam a palavra lovely, na facilidade com que os da raça dita negra utilizam a expressão yeh, na importância que a língua castelhana tem, na possibilidade de sucesso de um ser que fale apenas castelhano..... e por fim, na quantidade de dinheiro que me fez gastar!
Por fim, agradeço ao momento deslumbrante que vivi quando me confrontei com um Central Park coberto de neve e aos senhores que permitiram que o Euro estivesse tão valorizado face ao dólar.

2 comentários:

Valeriana Impaciente disse...

Agora percebes o «não te preocupes que não consegues ver tudo ena realidade vais sempre querer voltar». NY cria essa necessidade em nós, já está no teu coração.

hortelã disse...

Pois é, a nova fase é angariar divisas para lá voltar!

uma verdadeira bomba literária e moral

A Tragédia da Rua das Flores ou O Desastre da Travessa das Caldas ou Os Amores de um Lindo Moço, O Caso Atroz de Genoveva ou simplesmente Genoveva, é uma obra rascunhada e rudimentar do ponto de vista gramatical, formal e estilístico, que ficou esquecida durante cerca de cem anos e que o autor nunca chegou a corrigir.

Todavia, era, para Eça,

"o melhor e mais interessante que tenho escrito até hoje"

"uma verdadeira bomba literária e moral".